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Foto do escritorGustavo Santos

Área de descarte de material reciclado no Centro de Pedreira gera incomodo; Cetesb fiscaliza o local



Uma área na região central de Pedreira, onde funciona o ecoponto, tem sido motivo de constante reclamação de comerciantes e pedestres. Poeira, mau cheiro e insetos são alguns dos transtornos que já levaram a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) exigir da Prefeitura a retirada de resíduos encontrados no local. O órgão deverá fazer nova fiscalização no endereço.


A reportagem do O Jaguar conversou com comerciantes que trabalham em frente ao imenso terreno, na Rua Dr. Sílvio de Aguiar Maia, e pelos depoimentos percebe-se que a situação chegou no limite.


“Essa é uma das principais vias da cidade, e essa atividade de separação de reciclado deveria ser mais afastada do Centro. Nós sofremos diariamente com a poeira e o mau cheiro invadindo nossa loja”, expõe uma comerciante, que possui loja de roupas em uma galeria localizada em frente ao terreno.


Essa mesma lojista relatou que há pouco mais de dois anos técnicos da Cetesb estiveram no local, e logo na sequência a Prefeitura limpou o espaço. No entanto, o despejo de material no endereço - que é de chão de terra - retornou com algumas caçambas de ferro.



“Mesmo assim, como você pode ver, tem uma montanha de galhos no chão e é clara a presença de material orgânico no meio dos entulhos. Quando o trator levanta o material é possível observar o chorume escorrendo. E então o mau cheiro se alastra para todas as lojas”, relata.


O local fica nos fundos do Zoo Bosque, e é considerado uma Área de Proteção Ambiental (APP). Segundo os lojistas, haviam rumores de que um novo prédio para abrigar a Prefeitura Municipal seria construído no terreno, mas até agora nenhuma movimentação.


“Eu perco a conta de quantas vezes preciso passar pano na loja”, relatou outra comerciante, do ramo de cosméticos. “Tem dias que o cheiro é insuportável, e muito desagradável para os clientes que veem até nós justamente para sentir o aroma dos nossos produtos”, lamentou.


A galeria comercial existe há pelo menos sete anos, e o ecoponto instalado há três no terreno – também utilizado para apresentações de circos.


“Esse espaço na região central deveria ser um grande parque, com diversas atrações para as famílias de Pedreira. Temos que sair daqui para levar nossos filhos passearem no Parque dos Lagos em Jaguariúna pois não temos um espaço descente de lazer”, apontou um outro comerciante, do ramo de alimentação.



Segundo ele, as dedetizações são feitas até na beirada da calçada, para evitar ao máximo a presença de animais peçonhentos no seu negócio. “A poeira que levanta quando o trator está mexendo no material é enorme. Ainda mais agora que vamos entrar na época de estiagem”.


Os comerciantes que conversaram com a reportagem disseram que já foram feitas reclamações para o poder público, mas sem grandes efeitos práticos no sentido de achar solução melhor para destinar os materiais reciclados. Com medo de represálias, preferiram dar entrevistas no anonimato.


CETESB


Ao O Jaguar, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou que esteve no local em 2019 e que fez “exigências técnicas” para a Prefeitura, “sobre a remoção e destinação de alguns resíduos encontrados no local”.


A nota da companhia informa que naquela ocasião a Prefeitura prontamente fez a remoção dos resíduos indevidos. “Na ocasião, não foram aplicadas penalidades, em razão das providências adotadas”, explicou.


No entanto, em função de uma nova denúncia recebida pela Cetesb, o órgão informou que a Agência Ambiental de Paulínia fará vistoria na área.


Encaminhamos uma série de questionamentos para a Prefeitura de Pedreira na manhã desta quarta-feira (13), mas até a publicação dessa matéria não havíamos recebido respostas.

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