Vereadores questionam falta de resposta da Asamas sobre prontuários e óbitos de crianças
Os vereadores Ana Paula Espina e Cristiano Cecon questionaram a Associação Santa Maria de Saúde (Asamas), durante a sessão ordinária dessa terça-feira (13), sobre a ausência de respostas pertinentes a pelo menos três requerimentos, que solicitam informações sobre prontuários de atendimentos, controle de ponto dos médicos pediatras e sobre número de óbitos que ocorreram no Pronto Atendimento Infantil (PAI) e na maternidade do Hospital Municipal Walter Ferrari.
Os requerimentos assinados em conjunto pelos vereadores foram apresentados à Asamas no dia 17 de maio, conforme consta na pauta. Apenas um documento foi respondido até o momento, da qual solicitava cópia dos prontuários de atendimento e cópia das escalas dos médicos, contendo o nome e CRM, e dos dias de atendimento nos casos em que houveram óbitos.
Segundo denúncia obtida pelos vereadores através de profissionais do hospital, uma criança de dois meses teria morrido por diagnóstico e tratamento equivocados, feitos por um médico clínico geral, e não pediatra.
“Fizemos um requerimento tentando obter informações, mas infelizmente todos os itens não foram respondidos. Acho difícil um profissional fazer uma acusação dessa sem ter o mínimo de veracidade”, argumenta o vereador Cristiano Cecon.
Em resposta ao requerimento, o presidente da Asamas, Rene Penna justificou que não poderia fornecer os dados solicitados pois são “considerados sigilosos”, e que estariam com amparo da Lei Geral de Proteção de Dados. “O tratamento de dados como os solicitados (...) somente pode ser fornecido mediante consentimento do titular ou o seu responsável”.
QUESTIONAMENTOS
“A população cobra para a gente questionar e a gente não pode saber”’, expôs a veradora Ana Paula Espina, após ler a resposta dada pela Asamas.
“Uma mãe foi durante sete dias no médico com a filha, e todos os dias o médico falava: virose, e quando não era virose, e que a menina estava com febre e que era gripe. O resumo dessa saga de ir ao hospital e a menina ser diagnosticada de maneira errada, ocorreu que ela precisou ficar 15 dias no Hospital das Clínicas da Unicamp, com dreno no pulmão”, revelou a vereadora.
“Nós vereadores temos que fiscalizar, cobrar, por que inclusive eu estive no PAI e lá estava o nome de um médico no atendimento, porém o médico não estava no local. Chegou depois, e aí? É cobrado? Como esse médico recebe. Se não ficar de olho a população vai sofrer ainda mais”. E adiantou: “Também não tenho medo de represália, pois quem me colocou aqui foi o povo e quem pode me tirar é somente o povo”.
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