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Foto do escritorGustavo Santos

Pontes com calçadas deterioradas colocam em risco pedestres em Pedreira

Duas pontes em Pedreira estão no foco de reclamações da população. Calçamento esburacado, grandes fendas e ferragem expostas. A visível falta de manutenção coloca em risco os pedestres, e ao que tudo indica, ambas as estruturas não têm prazo para receber melhorias, segundo justificativa da Prefeitura.

A Ponte do balão do Cobra, que passa na Rua São José, é a estrutura que apresenta um quadro mais ‘gritante’ de abandono. O calçamento que fica no centro da via está totalmente esburacado, e com uma abertura no concreto que é possível ver o Rio Jaguari metros abaixo: uma verdadeira armadilha para quem passa pelo local.

“Essa ponte da São José tem muita gente que caminha a noite, bem ali no meio da ponte. Já vi gente desviando pela rua com medo de cair”, relatou um pedestre que passava na tarde desta terça-feira (11).


A outra ponte sobre o Jaguari é a do Coronel, que dá acesso à Av. Joaquim Carlos pela rua Antonio Pedro. A estrutura recebeu pinturas, mas estruturalmente o calçamento apresenta buracos e há pontos onde a ferragem está aparente. Das imagens captadas via satélite através do Google, em 2023, para as fotos tiradas essa semana, o que mudou foi somente a pintura.

Esse atraso nos reparos e melhorias acarretam aumento significativo dos custos a longo prazo. Assim explica Débora Adabo Tesserolli, arquiteta e engenheira civil, que esteve nos locais citados avaliando as condições das estruturas.


“Embora as manutenções corretivas sejam inevitáveis, é fundamental reduzi-las para evitar custos excessivos”, adianta a engenheira. Ela frisa a importância de se observar o gráfico de Sitter, que demonstra em seus estudos os impactos econômicos resultantes da negligência em se adotar ações preventivas.


“Por exemplo, uma correção durante a fase de projeto pode custar R$ 1,00. Se essa mesma correção for realizada durante a fase de execução da obra, o custo sobe para R$ 5,00. Caso seja feita na fase de manutenção, o custo pode alcançar R$ 25,00, e assim por diante. Em outras palavras, intervenções preventivas e corretivas realizadas cedo são significativamente mais econômicas do que os reparos emergenciais”, aponta.

Questionada, a Prefeitura informou que ambas as demandas (pontes) estão em andamento na Secretaria de Obras. “Mas priorizamos o recapeamento asfáltico de diversos bairros, em decorrência do prazo para execução de convênios estaduais/federais”, informou ao O Jaguar.

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