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Foto do escritorGustavo Santos

Há 55 anos: Pinheiro na Av. Marginal surgiu das mãos de Basilio de Campos


Uma das árvores mais simbólicas de Jaguariúna, que encanta pela sua imponência e pela iluminação que recebe durante a época de Natal, completa 55 anos de existência em 2023.


O que muitos não sabem é que a história do famoso pinheiro localizado a poucos metros do leito ferroviário, na Avenida Marginal Laércio José Gotardo, está diretamente ligada a vida de Basilio de Campos, 70 anos, um jaguariunense que, de uma peraltice na adolescência, fez com que essa linda espécie se tornasse muito apreciada.


“Até hoje, toda vez que eu estou passando na avenida eu vejo ela lá de longe. Só que com o trânsito não dá tempo de apreciar”, conta Basilio, sorrindo, ao caminhar com a reportagem do O Jaguar naquela região.

“Muita gente pensa que ela tem 100 anos, pela circunferência do seu tronco. Mas em novembro desse ano ele (pinheiro) faz 55 anos”.


A intimidade com a árvore, e com aqueles metros de terra que rodeiam também outras espécies, como mangueiras septuagenárias, faz parte da adolescência de Basilio. Seu pai, Francisco de Campos, telegrafista da antiga Companhia Mogiana, viveu com a família em uma casa ao lado do pinheiro.


Inclusive, foi Francisco quem permitiu que o filho Basilio plantasse aquela muda ao lado da residência. “Se a casa estivesse aqui hoje esse tronco iria ficar bem grudado”, comenta.

Mas como Basilio adquiriu aquela muda aos 17 anos? É aí que entra a peraltice em ter “surrupiado” o pinheiro de um vagão de trem. “Um vagão com gaiolas de boi estava estacionado com algumas mudas. Estiquei o braço e, pronto, peguei duas lá de dentro”, conta, rapidamente, em voz baixa.


Nem Francisco ou Basilio imaginariam o tamanho que o pinheiro alcançaria. A outra muda não vingou, conta. Nos anos que se seguiam a árvore foi se fortificando, e fotos tiradas na época mostram o pinheiro cada vez maior, com o pano de fundo de uma região povoada de residências.


“A região mudou muito, mas ainda bem que preservaram algumas árvores. Elas carregam a história de Jaguariúna”, acredita.


Ao lado dos irmãos Antônio, Ana Maria, Luiz Carlos, Maria Aparecida, José Geraldo e Angela Maria, a família da matriarca Angelina Bozzer de Campos viveu mais alguns anos naquela casa até se mudarem para o Dom Bosco.


“Fico muito feliz em participar do crescimento de Jaguariúna, e me orgulho em ter colaborado com a cidade, também por me acolher e ensinado muitas coisas”, finalizou Basilio. (Fotos: OJaguar)

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